A DISLEXIA NA VIDA ADULTA
RESUMO
Apresenta como objetivo
geral analisar recursos e métodos que contribuam para identificar a dislexia
em alunos adultos que não acompanham o processo de ensino aprendizagem e
sucessivamente intervir para que estes consigam o domínio da leitura e
escrita. Esta pesquisa exploratória de cunho bibliográfico discute a
importância da identificação e do diagnóstico para a pessoa com dislexia;
caracteriza o papel da família e da escola para melhoria da qualidade de vida
do disléxico e apresenta estratégias para a inclusão social do disléxico.
Enfoca a temática da dislexia na vida adulta e mostra as várias formas de
dificuldades com as diferentes formas de linguagem, frequentemente incluídos
problemas de leitura, em aquisição e capacidade de escrever e soletrar. Conclui
que o respeito as limitações estimula as potencialidades do adulto com
dislexia, deve fazer parte um ensino mais justo e mais humano que irá gerar
maiores oportunidades de crescimento intelectual para estes alunos.
Palavras-chave:
Educação. Adulto. Dislexia. Vida. Velocidade. Recursos. Leitura. Escrita.
|
1 Introdução
A dislexia há muito tempo vem sendo
investigada e discutida, mas ainda hoje está presente nas salas de aula. De
acordo com a Associação Nacional de Dislexia (2013), pesquisas indicam que
cerca de 10 a 15% da população escolar possui dislexia, o que pode elevar ainda
mais os índices do fracasso escolar. A fronteira determinante deste aspecto é
frágil e tênue, muito se tem discutido e pesquisado, todavia são apontadas
poucas conclusões efetivas e menor parece ser a possibilidade para ações
preventivas no universo da aprendizagem do disléxico.
O aluno com dislexia não aprende do
mesmo jeito e na mesma velocidade dos demais colegas de sala, faz se necessário
que os educadores busquem informações e recursos que capacitem efetivamente a
lidar com seus alunos, tomando para si o desafio de criar metodologias
eficientes para facilitar seu trabalho. Cabe a eles a tarefa de analisar
recursos e métodos que contribuam para identificar a dislexia em seus alunos
adultos que acompanham o processo de ensino aprendizagem e assim sendo intervir
para que estes consigam o domínio da leitura e escrita, para tanto descobrir
como o professor pode ajudar o aluno com dislexia na idade adulta a superar
suas dificuldades de leitura e escrita.
Esta pesquisa será realizada de acordo
com Gil (2007) que classifica as pesquisas no objetivo geral e no delineamento
a ser adotado. Este projeto tem como classificação objetivo geral assumir
definições da pesquisa exploratória que tem trás como objetivo principal o
aprimoramento de ideias, proporcionando maior familiaridade com problema, com
vistas a torná-lo mais explícito. (Gil,
2007, p.41). A presente pesquisa será baseada no planejamento com ênfase nos
procedimentos técnicos de dados, sendo que este projeto realizará uma pesquisa
bibliográfica.
2 A dislexia
A dislexia, um transtorno genético e
hereditário da linguagem, de origem neurobiológica. A pessoa que apresenta esse
defeito congênito não consegue estabelecer uma memória fonética, ou seja,
associar os fonemas e letras, a dislexia é caracterizada pela dificuldade de
decodificar palavras simples, mostra uma insuficiência no processo fonológico,
e essas dificuldades não são superadas pela idade, o disléxico falha no
processo de aquisição da linguagem e frequentemente apresenta problemas de
leitura, e na capacidade de escrever e soletrar.
Para Ross (1979), a dislexia trata-se de
distúrbios circunscritos que resultam de limitações sensoriais discretos ou de
anomalias na organização dinâmica dos circuitos cerebrais. E para complementar
esta afirmação, Bender(1972) explica que:
Relaciona a dislexia a padrões
neurológicos imaturos e poucos diferenciados aparecendo as dificuldades
perceptivas, distúrbios de imagem corporal, de identificação temporal espacial,
de relações com objetos, além de déficits específicos na formação de símbolos
envolvendo imagens auditivas, visuais e cinéticas, desorientação na
lateralidade e as demais perturbações na área conceitual. Bender (apud NOVAES,
1972, p.62).
Segundo Fernandes e Penna (2008) os
disléxicos apresentam dificuldades em ler e compreender o nome das letras,
lidar com o tempo, copiar e concluir atividades, pois é mais lento que os
demais alunos da classe.
Ler uma palavra compreende conhecer
o nome das letras, o som dos fonemas, o disléxico tem dificuldades para lidar
com o tempo. Seu ritmo para organizar-se, copiar e concluir suas atividades é
mais lento que a média da classe. Tem dificuldade para lidar com o espaço, com
a própria utilização de material didático, como régua, caderno e livro, ao
mesmo tempo. Tem dificuldades com desenho geométrico, mapas, aplicação teórica
de conceitos, linguagem subjetiva, simbólica, apresenta disgrafia – fora das
pautas, das margens – e, disortografia – omissão ou acréscimo de letras. Enfim,
tudo para o disléxico é muito difícil. (Fernandes; Penna, 2008, p. 45).
Sabe-se que a dislexia não é uma
doença, e sim um distúrbio de aprendizagem congênito que interfere de forma
significativa na integração dos símbolos linguístico e perceptivos, assim sendo
os disléxicos não conseguem reconhecer imediatamente a palavra, e diante disso
apresenta uma grande dificuldade na interpretação e compreensão dos textos
lidos.
A dislexia, um transtorno de
aprendizagem que acontece muito mais em no sexo masculino do que no sexo
feminino, e hoje é um dos grandes obstáculos nas salas de aulas brasileiras que
impedem o pleno desenvolvimento da leitura e da escrita dos disléxicos que
estão na fase escolar, Mas vale lembrar que nem todos que apresentam
dificuldades de leitura e escrita, são disléxicos, em muitos casos a
deficiência pode ser da escola.
Para Almeida (2006) a dislexia
distingue em três tipos:
·
DISLEXIA ACÚSTICA: manifesta-se na insuficiência para a
diferenciação acústica (sonora ou fonética) dos fonemas e na análise dos mesmos,
ocorrendo omissões, distorções, trans posições ou substituições de fonemas.
Confundem-se os fonemas por sua semelhança articulatória.
·
DISLEXIA VISUAL: ocorre quando há impressão de coordenação viso
especial manifestando-se na confusão de letras com semelhança gráfica. Não
temos dúvida que o primeiro procedimento dos pais e educadores, é levar a
criança a um médico oftalmologista.
·
DISLEXIA MOTRIZ: evidencia-se na dificuldade para movimento
ocular. há uma nítida limitação do campo visual que provoca retrocessos e
principalmente intervalos mudos a ler.
Há ainda muitos mitos
sobre a dislexia que precisão ser abandonados, pois a dislexia não e o
resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio econômicas
ou baixa inteligência, ela é uma condição hereditária com alterações genéticas,
que apresenta alterações no padrão neurológico e deve ser tratada com muita
atenção.
A dislexia também pode ser adquirida,
quando uma pessoa sofre um traumatismo craniano, doenças neurológicas graves ou
problemas emocionais severos, todos esses problemas também podem causar um
grande transtorno na aprendizagem e consequentemente na leitura, mas com causa
evidente.
De acordo com Teles (2004) a dislexia
também pode ser identificada em adultos mesmo que este tenha atingido um nível
de eficiência.
A dislexia pode ser identificada em jovens e
adultos mesmo que tenha atingido um determinado nível de eficiência, pois a
lentidão e esforço da leitura, a persistência de dificuldades de ortografia são
sinalizados do transtorno, Entretanto, se apenas sinais forem identificados, o
professor de caracterizar o aluno como disléxico, pois o que merece atenção é a
existência de um padrão persistente que acompanha este aluno por um longo
período de sua vida. (TELLES 2004, p. 1).
2.1 A importância da
identificação e do diagnóstico para a pessoa com dislexia.
O alcance e a gravidade do problema da
dislexia adulta variam muito. As principais dificuldades ocorrem em sua maioria
na leitura, na escrita, na ortografia, na organização pessoal e numérica. O grau que os indivíduos são afetados varia
de acordo com as dificuldades na soletração e nos problemas de organização,
podem ser leves ou podem chegar ao analfabetismo completo.
Hoje sabe-se que o disléxico acompanhados da
infância até a idade adulta, demonstram um quadro de evolução dos sinais da
dislexia ao longo da vida, mas essa evolução ocorre porque alguns déficits
fonológicos e visuais permanecem, apesar do disléxico ser dotado de inteligência
normal ou superior, ele frequentemente desenvolve estratégias que compensam seu
processo de aprendizagem e o ajuda a lidar com suas limitações.
Um adulto inteligente com dificuldade de
leitura convive com uma discrepância muito significativa entre seu potencial e
seu esforço, e pelos resultados obtidos ao longo de sua vida acadêmica, ele
pode sofrer prejuízos em sua formação como um todo, e isso pode trazer sérios
comprometimentos em sua vida pessoal, emocional e profissional. Um quadro de dislexia
no adulto pode ser identificado por meio de anamnese.
O adulto disléxico continuará desempenhando
uma leitura mais lenta como sintoma principal, que denota uma automatização,
mas não suficiente para demanda da sua faixa etária e acadêmica. Apresentará real
dificuldade para compreender o conteúdo lido, pois necessita de várias leituras
do mesmo texto ou que leiam para ele poder entender o texto.
A lentidão na leitura decorre do fato de não
ter o processo automatizado e por utilizar rotas neurais diferentes do leitor
comum, Isso demanda tempo e esforço maior para atingir o mesmo objetivo. Esta
compreensão normalmente ocorre pela ineficiência da leitura oral ou pelos problemas
secundários adquiridos pela própria falta de hábito de ler, já na escrita os
disléxicos apresentam aquisição do código, mas possui dificuldades para
expressar adequadamente por meio desse código. Redigir é uma tarefa árdua, em sobressaem
deficiência na utilização da linguagem formal que a vida adulta exige.
Os testes de linguagem, de leitura e escrita,
que são utilizados hoje para avaliação da dislexia nem sempre respeitam a
evolução dos sinais indicativos e por isso podem falhar no diagnóstico do
adulto, pois a maioria destes testes são para crianças e não para adultos.
O ensino caracteriza-se por um
planejamento frente às exigências naturais de aprendizagem e para que ocorra
uma boa aprendizagem em alunos com dislexia, que os professores devem estar
atento às manifestações deste transtorno, procurando motivar e auxiliar nas
dificuldades, tanto na sala de aula como em atividades extraclasse. De acordo
com Bakker (2002), os professores ensino médio e superior devem ser capazes de
reconhecer um aluno com dislexia e saber como lidar com ele.
Feldman (2005) diz
que as aprendizagens em sala de aula se formam por um sistema de campos
oriundos de alunos e professores, cada um com sua individualidade. Este sistema
de ambas as partes e sofre influencias recíprocas, transmitindo afetos e
aprendizagens. Se houver uma falta de predisposição para criação de pontes e
fronteiras, para a estruturação de um sistema planejado e eficiente que
sustente o processo de ensino aprendizagem, poderão ocorrer dificuldades e
impossibilidades deste processo ser eficiente.
Pode-se dizer que
dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das
causas do chamado “analfabetismo funcional” que, por permanecer envolta no
desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada
como desencadeante de insucessos no aprendizado. Diz Gorman (2003): “Dislexia,
antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a
expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que
aprende de maneira diferente”.
O professor deverá identificar as causas
e fundamentar seu trabalho conforme as necessidades dos alunos, considerando o
momento emocional e as ansiedades de cada um. Em adultos com dislexia, a
desmotivação e conflitos emocionais ocorrem com mais frequência, exigindo do
professor um planejamento e um desenvolvimento das aulas de modo diferenciado. (MORAES;
VARELA, 2007)
Hoje a informática pode ser um dos
grandes recursos que pode ajudar tanto o aluno disléxico quanto o professor
para melhorar o processo de ensino aprendizagem, pois o computador pode
auxiliar na leitura, e levar o aluno a procurar imagens que possam ser
associadas com que está sendo lido, e obter assim um resultado proveitoso com
as matérias com mais estímulo.
O diagnóstico para o disléxico é muito
importante, pois a dislexia trata-se de condição comum, mas muitas vezes não
diagnosticada e tratada, pode apresentar repercussões biopsicossociais para os
adultos que pode vir interferir no seu desenvolvimento acadêmico e consequentemente
na sua qualidade de vida.
3 O papel da família e da
escola para melhorar a qualidade de vida do disléxico.
A atitude da família é muito
importante para ajudar no diagnóstico e tratamento do disléxico, pois é por
meio destas observações feitas pelos pais que é possível viabilizar um bom
tratamento para possibilitar ao disléxico maior desenvolvimento na vida
educacional e social.
A família deve buscar informações que
possam ajudar no desempenho de seu filho e ajudar no acompanhamento
profissional e escolar. O diagnóstico da dislexia é muito importante para
nortear o trabalho do professor e também ajudar na relação familiar do
disléxico. A família deve conhecer as leis que ampara o disléxico.
A criança com dislexia, está
amparada na legislação brasileira sobre a égide da Lei 8.069, de 13 de julho de
1990 (ECA), da Lei 9.394/96 (LDB), da Lei 10.172 de 9 de janeiro de 2001 -
Plano Nacional de Educação - Capítulo 8 - Da Educação Especial e do Parecer
CNE/CEB nº 17/2001 / Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001.
Na Lei 8.069, de 13 de julho de
1990 (ECA) - artigo 53, inciso I, II e III
A criança e
o adolescente tem direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua
pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho,
assegurando-se-lhes: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola; II – direito de ser respeitado pelos seus educadores; III – direito de
contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares
superiores.
Na Lei 9.394/96 (LDB):
Art. 12 -
Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema
de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua Proposta
Pedagógica; V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento.
Art. 13 -
Os docentes incumbir-se-ão de: III, zelar pela aprendizagem dos alunos; IV,
estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.
Art. 23 - A
educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais,
ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com
base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de
organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o
recomendar.
Art. 24, V,
a) avaliação contínua e cumulativa; prevalência dos aspectos qualitativos sobre
os quantitativos e dos resultados ao longo do período
Lei 10.172
de 9 de janeiro de 2001 - Plano Nacional de Educação - Capítulo 8 - da Educação
Especial:
8.2 -
Diretrizes
A educação especial se destina a
pessoas com necessidades especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de
deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer de características como
de altas habilidades, super dotação ou talentos.
A escola desempenha papel fundamental no
trabalho com alunos que apresentam dificuldades de linguagem e escrita, sendo
que na escola, os sinais da dislexia começam a ser percebidos, já que nela, a
leitura e a escrita é permanentemente utilizadas e valorizadas. Por isso a
comunidade escolar deve ser sempre informada a respeito da dislexia e descobrir
maneiras de ajudar o aluno disléxico na escola.
Segundo Almeida (2006) os pais devem:
·
Ajudar a melhorar a auto
estima do aluno e oferecer segurança, carinho, compreensão e elogiar os
pequenos acertos.
·
Procurara ajuda profissional
para realizar um diagnóstico correto: fonoaudiólogo, psicólogo, neurologista ou
psicopedagogo.
·
Ajudá-lo a conhecer sobre o
que a dislexia.
·
Encorajá-lo a encontrar
coisas em que ele se saia bem.
·
Ajudá-lo a ser organizado.
·
Observar se seu filho(a)
está recebendo ajuda na escola, porque isso faz muita diferença na habilidade
dele de enfrentar suas dificuldades, de prosperar e de crescer normalmente.
·
Não permitir que os
problemas escolares impliquem em mau comportamento ou falta de limites. Pois
uma coisa nada tem haver com a outra.
4 Estratégias para a
inclusão social do disléxico.
Os disléxicos podem apresentar dificuldades
em outros lugares, mas em nenhum deles se compara à escola. A dislexia sempre
esteve presente na escola, mas a escola que conhecemos não está preparada para
atender os disléxicos, objetivos, conteúdos, metodologias, organização,
funcionamento e avaliação nada têm a ver com ele, e não é por acaso que muitos
portadores de dislexia não sobrevivem à escola e são por ela preteridos.
Por isso a experiência tem demonstrado
a necessidade de se manter a comunidade educativa sempre informada sobre a
dislexia e assim buscar novas estratégias para o trabalho com o disléxico, pois
os adultos disléxicos podem apresentar níveis diferentes de dificuldades de
leitura e de escolaridade e graus variados de exigências de leitura no trabalho
e também podem existir grandes diferenças no desempenho entre próprios
disléxicos.
De acordo com Associação
Brasileira de Dislexia (2013) e estratégias simples podem ser adotadas por um
disléxicos adulto para melhorar seu desempenho no dia a dia do trabalho e dos
estudos:
-
Usar gravador durante as aulas para não precisar anotar as falas
do professor;
-
Aprender a grifar as principais ideias dos textos e anotar as
expressões chave de parágrafos e depois elaborar resumos;
-
Fazer uso de dicionário com palavras mais utilizadas no cotidiano
que são de difícil memorização;
-
Criar estratégias de memorização por associação de ideias para
aumentar a memória breve;
Essas informações simples podem ajudar o
adulto disléxico a experimentar maior qualidade de vida e autoconhecimento
sobre suas necessidades e potencialidades a serem desenvolvidas.
Na era da informática, um dos
grandes recursos que tanto o professor quanto o aluno podem aproveitar para
melhorar o processo de ensino aprendizagem é o computador, a utilização do
computador pode auxiliar na leitura, pois o aluno pode procurar imagens que
possam ser associadas com que está lendo, e assim obter um resultado mais
proveitoso com materiais co mais de um estímulo.
Até o
momento o tratamento da dislexia é basicamente o mesmo para crianças e adultos,
mas os profissionais estão sempre buscam resolver as necessidades individuais e
especiais dos disléxicos adultos por meio do suporte individual e focado na
resolução de problemas. E como muitas das necessidades dos adultos são bem
diferentes das necessidades das crianças as demandas sobre o tratamento e
prognóstico são grande.
Há um número grande de adultos
disléxicos que desistiu dos estudos e enfrenta dificuldades no mercado de
trabalho por causa da dislexia. E nestes casos o tratamento da dislexia tem
como objetivo favorecer a possibilidade da volta aos estudos, da melhoria das
relações interpessoais, da restauração da autoestima, e favorece o
fortalecimento das áreas de compensação cerebral. O mais importante e ele saber
que não existe idade limite para recuperar o tempo perdido.
A dislexia tem cura, se o disléxico
começar a ler, ele está utilizando o seu cérebro de forma diferente e o fato de
que ele venceu o desafio da leitura mostra que a dislexia pode ser tratada.
Mesmo que esse processo seja lento e demorado será um grande avanço para o
disléxico.
5 Conclusão
Este trabalho apresenta um estudo que
aborda a dislexia na vida adulta. Mostra que é um transtorno genético e hereditário
da linguagem, de origem neurobiológica, que a pessoa que apresenta esse defeito
congênito não consegue estabelecer uma memória fonética e por isso apresenta
problemas de leitura, e na capacidade de escrever e soletrar.
A importância da identificação e o
diagnóstico para pessoa com dislexia é muito importante, pois o alcance e a
gravidade do problema da dislexia adulta variam muito, e dessa forma um adulto
inteligente com dificuldade de leitura convive
com uma discrepância muito significativa entre seu potencial e seu esforço, e
pelos resultados obtidos ao longo da sua vida acadêmica, ele pode sofrer
prejuízos em sua formação como um todo e trazer assim sérios comprometimentos
para sua vida emocional e profissional.
Assim sendo cabe a família e a escola
melhorar a qualidade de vida do disléxico, e dessa forma buscar informações que
possam ajudá-lo em seu desempenho na vida profissional e social, pois é
fundamental para o disléxico que todos envolvidos no tratamento se aliem-se para
ajudá-lo nesse processo de ensino aprendizagem.
Por fim apresenta estratégias simples
para melhorar a vida dos disléxicos no dia a dia do trabalho e dos estudos,
pois por meio de informações simples o adulto disléxico pode experimentar maior
qualidade de vida e auto conhecimento sobre suas necessidades e potencialidades
as serem desenvolvidas ao longo da sua vida.
Pois respeitar as
limitações e estimular as potencialidades de um adulto com dislexia deve fazer
parte de um ensino mais justo e mais humano, que com certeza irá gerar maiores
oportunidades de crescimento intelectual para estes alunos.
DYSLEXIA IN ADULT LIFE
ABSTRACT
Features aimed general objective analyzing resources and
methods to help identify dyslexia
in adults’ students who do not follow the process of teaching
and learning so
that they successively intervene
able mastery of
reading and writing. This exploratory nature of literature
bibliographic discusses the importance of the identification and diagnosis for people with dyslexia, characterized the role of the family and the school to improve the quality of
life of the dyslexic and presents strategies for social inclusion
of dyslexic. Focuses
the thematic of dyslexia
in adulthood and shows the various forms of difficulties with the different forms of language, often including reading problems in acquisition and ability
to write and spell. Concludes
that the compliance with the
limitations stimulates the
potential of adult with
dyslexia, should be part of an
education fairer and more humane that will generate greater opportunities for intellectual
growth for these students.
Keywords: Education. Adult. Dyslexia. Life. Speed. Resources. Reading. Writing |
Referências:
Associação Nacional de Dislexia. Em:http://www.andislexia.org.br/hdl6_12.asp.
Acesso em: 17 mar. 2013.
ALMEIDA, M.R. Dislexia: Dificuldade na leitura e escrita.
Publicado em 2006. Disponível em: Inclusao.brasil@iron.com.br. Acesso em:
17mar. 2013.
BAKKER, D. O Cérebro e a Dislexia. In: SANSON, J. (Org.). O Choque Linguístico
- A Dislexia nas Várias Culturas. Bélgica: Dyslexia International -
Tools Technologies, 2002.p.14-21.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretária de Educação Fundamental, Parâmetros
Curriculares Nacionais.
FERNANDES, R. A.; PENNA, J. S. Contribuições
da psicopedagogia na alfabetização dos disléxicos. Revista Terceiro Setor, v.
2, n. 1, 2008.
GIL, A. C. Como
elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
GORMAN, C. O que é dislexia. 2003. Disponível
em: Acesso em: 10/04/13
MORAES, R. C.; VARELA, S. Motivação do aluno durante o Processo de
Ensino aprendizagem. Revista Eletrônica de Educação, 2007.
MORAIS, A. N. P. de. Distúrbios da aprendizagem: uma abordagem psicopedagógica. 12. ed. São Paulo: EDICON, 2006.
ROSS, A. O. Aspectos
psicológicos dos distúrbios da aprendizagem e dificuldade na leitura. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1989.
TELES, P. Dislexia: Como Identificar? Como Intervir?
Rev Port clin geral. v. 20, p. 713-30, 2004.
* Graduada
em Letras- Língua Portuguesa e Inglesa pela Faculdade/Universidade Paranaense
de Umuarama Pr.(UNIPAR) Pós Graduada em Língua Portuguesa pela Universidade
Salgado de Oliveira - UNIVERSO. Pós graduanda em Educação Profissional e de
Jovens e Adultos pelo Instituto Paranaense de Ensino e Faculdade de Tecnologia
América do Sul. Endereço eletrônico: eliane-sabec@hotmail.com.br.
Um comentário:
Partilhei com o grupo de Professores no Facebook o Artigo da Professora Eliane Sabec sobre dilexia na vida adulta. Ela apresenta uma teoria somada a sua vivência materna, é mãe de um dislexo, bem sucedido na vida adulta, contudo passou por experiências amargas por falta de conhecimento e diagnóstico desde médicos a educadores. Vale a pena investir tempo nesta preciosidade. Leia! Ah por falar em filhos, a autora é mãe das gêmeas Ana Júlia e Mariana, minhas alunas inteligentíssimas no oitavo de 2012 do Branca da Mota. Parabéns, Professora Eliane!
Postar um comentário