sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Pacto para Fortalecimento do Ensino Médio - Relatório 1 - Etapa 1


RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO

 

INTRODUÇÃO

Orientador de Estudo: Laura Lopes de Paiva

Colégio: Marco Antonio Pimenta

Município: Maringá - Núcleo: Maringá                                                                   

Formador Regional: Altair Bonini

Período de Referência: julho, agosto, setembro

Número de Professores: 08 - Total de Encontros: 06

Nome dos professores e áreas

Adelirian Martins Lara Lopes - Biologia

Alessandra Guidolin Campos - Pedagoga

Ana Lúcia Lopes - Sociologia

Elizabete dos Santos Meirelles de Oliveira – Língua estrangeira moderna

Francielle Siqueira - Física

Jocel José de Sousa - Geografia

Márcia de Oliveira – Pedagoga

Tatiane Martins Evangelista - Filosofia

 

DESENVOLVIMENTO

Durante os encontros foram debatidos o material do Caderno 1, Caderno 2, Caderno 3 e Caderno 4; além de estudos complementares através de textos das IES, vídeos e slaids.

Em cada encontro o grupo de professores reafirmou o Pacto para Fortalecimento do Ensino Médio celebrado em comum acordo entre os vários sujeitos da Educação; analisou os textos e executou as atividades contidas no material de estudo. Os professores também realizaram as atividades reflexivas e apontaram possibilidades de intervenção no ambiente escolar.

Para introdução do Caderno 1, foi realizada na escola uma inserção de produção sobre a cultura jovem, os professores pactuantes, após momentos de interação e reflexão escreveram a respeito do entendimento que têm sobre a formação humana integral do aluno do Ensino Médio.

A professora orientadora de estudos fez uma breve apresentação aos alunos, sujeitos do Ensino Médio, a proposta do Pacto e os professores participantes do grupo de estudos. Discutiu também, a temática "Sujeitos do Ensino Médio e Formação Humana Integral", considerando as quatro dimensões presentes nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio: trabalho, cultura, ciência e tecnologia, fato que resultou em um momento de diálogo e interação, principalmente, pelo início da formação do entendimento de que o jovem é um sujeito com valores, comportamentos, visões de mundo, interesses e necessidades singulares.

Ainda no Caderno 1, o capítulo 2, a atividade do Reflexão e ação “Caro colega professor, em um trabalho coletivo — envolvendo colegas professores, funcionários da instituição, membros da equipe gestora e os próprios alunos — levante dados que permitam conhecer aspectos que vocês julguem importantes do perfil social, cultural e econômico dos sujeitos matriculados no Ensino Médio de sua escola.” Foi elaborado durante o encontro coletivo uma enquete a respeito do perfil social, cultural e econômico dos sujeitos matriculados no Ensino Médio e aplicado por dois professores: Elizabete dos Santos Meirelles de Oliveira e Jocel José de Sousa.

Segundo os dados levantados a partir da referida enquete, foi possível traçar um perfil da realidade de seus interesses, além da sua condição social e econômica, No total de 86 alunos entrevistados, vale ressaltar que todos estudam no período matutino, uma vez que a escola oferece o Ensino Médio apenas nesse período. Foram analisados os seguintes fatores:

·                    Número de habitantes na residência do aluno;

·                    Se a família reside em casa própria ou não;

·                    Escolaridades dos pais ou responsável;

·                    Renda familiar;

·                    Aspecto cultural;

·                    Prática de leitura.

Analisando as porcentagens, conseguimos identificar algumas diferenças sociais, econômicas e culturais dentro da mesma comunidade escolar, considerando que a escola é formada por alunos de diferentes classes sociais, e em sua maioria os alunos moram nos arredores da escola.


 

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Em relação à renda familiar, identificou-se que, quase a metade dos alunos, 47%, vivem com uma renda familiar entre 3 a 5 salários mínimos, seguindo de 36%, que se mantém com uma renda familiar entre 2 a 3 salários mínimos. Baseando-se nesses dados, consideramos que 83% dos alunos do Ensino Médio se encontram atualmente na classe média, tendo em vista, a definição atribuída pelo governo federal para a classe média brasileira entre R$ 291,00 e R$ 1.019,00, conforme dados:    http://www.sae.gov.br/vozesdaclassemedia/wp-content/uploads/Perguntas-e-Respostas-sobre-a-Defini%C3%A7%C3%A3o-da-Classe-M%C3%A9dia.pdf





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No quadro sobre escolaridade dos responsáveis que supostamente influenciaria nas escolhas futuras dos filhos é bastante divergente, ao mesmo tempo em que 43% iniciaram ou estão frequentando as universidades, 38% não concluíram o Ensino Fundamental, como podemos ver no gráfico abaixo. 

 

 


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Embora a cidade de Maringá possua uma diversidade de opções relacionadas à cultura e lazer, e muitas delas de forma gratuita, é possível observar que a principal atividade de lazer dos alunos ainda é assistir à televisão, 63%, seguindo de ir ao cinema com 48%, shopping com 44%, futebol 29% e na última colocação, teatro com apenas 8% do total.

 


 

            Outro dado importante pontuado e que o resultado chama muito a atenção, é o fato de que 62% das famílias possuem a prática da leitura em casa.

 

 

 

No segundo encontro houve bastante discussão a respeito do GER, funcionamento, acesso e quem pode acessar com as respectivas atribuições de orientador, cursista, formador. Orientações em como fazer as atividades individuais e coletivas: leituras dos materiais disponíveis, assistir aos vídeos disponíveis, anotar as suas reflexões, participar do Fórum e colaborar na escrita da Wiki de cada temática, além das atividades obrigatórias.

Em relação ao caderno 2, no capítulo 1, a atividade do Reflexão e ação “Iniciamos nosso diálogo falando do “jogo de culpados” na escola. Como “virar este jogo” e construir novos relacionamentos entre professores e seus jovens estudantes? Em sua percepção, faz sentido esta afirmação de que professores e jovens se culpam mutuamente e os dois lados parecem não saber muito bem para que serve a escola nos dias de hoje? Que tal promover uma conversa na escola sobre a questão dos sentidos do estar na escola para professores e estudantes? E por que não elaborar estratégias para promover o reconhecimento mútuo? Por exemplo, você pode elaborar mapas das identidades culturais juvenis do bairro; redigir cartas aos jovens estudantes para que eles se revelem além de suas identidades uniformizadas de alunos; promover jogos de apresentação na sala de aula, dentre outras atividades. E em quais outras iniciativas podemos pensar para ampliar o campo de conhecimento sobre quem são eles e elas que estudam e vivem a escola? Buscar perceber como os jovens estudantes constroem o seu modo próprio de ser jovem é um passo para compreender suas experiências, necessidades e expectativas.” No encontro coletivo, após estudos desenvolvidos nos encontros de formação do PACTO, foi elaborada coletivamente a carta sugerida, transcrita abaixo: 

Maringá, 13 de setembro de 2014

 

Olá, estudante do Ensino Médio!

 

         Escrevemos esta carta a você após refletir sobre nossa conversa referente à semana de provas e todos os conteúdos estudados e revisados. Gostou da charge??? Ela reflete nossos sentimentos??????

Tem horas que só rindo mesmooooo!!!!!!


 

Sabia que nos preocupamos muito com você? Por vezes flagramo-nos pensando sobre a nossa convivência na escola, e aí nos perguntamos: por que nossa relação em alguns momentos é tão difícil? Percebemos cada vez mais a distância entre nós e sentimos a necessidade de uma interação maior. Nem sempre é fácil encontrar um momento para discutir sobre a “nossa relação” dentro da escola e fora de seus muros. Porém, não podemos mais fugir desta conversa ou deixar para depois. Então, por onde começar?

Não conhecemos você como deveria ou gostaria, contudo, o pouco que sabemos será a base desta nossa conversa.

Sabemos, por exemplo, de sua curiosidade e desejo de saber das coisas. O simples ato de vir à escola nos diz isso, mesmo que seu comportamento, às vezes, fale o contrário. Queremos entender melhor seus medos, seus anseios e aquilo que espera da escola e de nós.

Somos fruto de um meio social, cultural e familiar que cada vez mais cedo exige e dá responsabilidades. Você está em uma idade de transformações na vida, fase em que é difícil conciliar diversões, namoro, festas, com a realidade de que em breve será adulto, e as responsabilidades aumentam nesse período da vida, de mudar, de crescer, quando ainda se é jovem.

O desafio da Escola é reconhecer tanto a pluralidade de identidades do jovem quanto a dificuldade de orientação que esse jovem encontra. Na maioria das vezes, nele é depositado todas as visões negativas da sociedade, como irresponsabilidade, violência e anarquia. 

Todavia, ainda há uma esperança nesses jovens, quando esses se “identificam”, compreendem quais são seus interesses, são indivíduos que vão à busca de sua própria realização, sem medo.

Uma característica do jovem é expressar sua identidade através de suas roupas, músicas, atitudes e grupos que frequentam. Você, jovem, também, é um estudante com um grande desafio, expressar a construção dessa identidade através das relações que constroem dentro e fora do ambiente escolar.

O acesso às informações de maneira rápida, praticamente imediata, através das mídias e redes sociais, em relação aos professores que vos falam os tornam "nativos digitais". Essa tribo nova, onde a diversidade de informações acaba dificultando a criação dessa identidade gera conflitos que nem sempre são sanados e mais conflitos acontecem. Não é um jovem que muitas vezes não permite a influência dos pais e professores que interferem na tomada de decisões, mas sim, jovens que ficam "perdidos" em meio a tanta informação sobre qual caminho seguir. O desafio agora é buscar um caminho que vá ao encontro de duas esferas da educação: os professores e os estudantes.

Confessamos que para os professores inovar é realmente algo bastante difícil, pois como ser humano tudo que é mudança, não é fácil ser incorporada. Os estudantes têm de ver a escola como algo importante para sua vida e a partir disso, buscar transformá-la em algo atrativo. Cremos que esses dois agentes unidos podem mudar a realidade cotidiana, e também, transformar um futuro muitas vezes idealizado em realidade concreta.

Esse é o desafio! Se aceitares, vamos fazer da escola um lugar com significado, onde se ampliam os horizontes, na qual professor e aluno trabalhem pelo mesmo ideal: viver e conviver bem em sociedade.

Com carinho e atenção, receba nosso abraço fraterno!

Equipe de professores do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio: Professora Adelirian Martins Lara Lopes – Biologia, Professora Alessandra Guidolin Campos – Pedagoga, Professora Ana Lúcia Lopes – Sociologia, Professora Elizabete dos Santos Meirelles de Oliveira – Inglês, Professora Francielle Siqueira – Física, Professor Jocel José de Sousa – Geografia, Professora Laura Lopes de Paiva – Português, Professora Márcia de Oliveira -  Pedagoga e Professora Tatiane Martins - Filosofia.”

A carta foi lida pelos professores envolvidos no PACTO em todas as turmas do Ensino Médio, logo após, os alunos produziram a resposta da carta a respeito do desafio lançado. 

Após o terceiro encontro os professores pactuantes se apresentaram a todos professores da comunidade escolar durante reunião pedagógica, e também, expuseram o objetivo e as questões pedagógicas do Pacto: o Ensino Médio e a formação humana integral, o jovem como sujeito do Ensino Médio, o currículo do Ensino Médio, seus sujeitos e o desafio da formação humana integral, áreas do conhecimento e integração curricular, organização e gestão democrática da escola, avaliação no Ensino Médio em especial as Diretrizes Nacionais do Ensino Médio.

 

No sexto encontro os professores pactuantes receberam a visita do Professor Formador Regional: Altair Bonini, foi um momento oportuno para esclarecimento de dúvidas e orientações. Foram retomadas as atividades pendentes dos encontros anteriores e planejadas atividades com mais interação com os alunos, conforme proposta do Pacto.

 

 

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

            As atividades coletivas foram realizadas com o envolvimento de todo o grupo, houve exposição, troca de experiências e interação entre os participantes, além de colaboração mútua nas atividades individuais, principalmente em relação ao GER. Foi relevante o interesse dos alunos em participar e cooperar com os professores na realização das atividades propostas, pois eles são os sujeitos do Ensino Médio em busca de um fortalecimento na educação básica.  

 

 

 

RE: Relatório de acompanhamento

Olá Laura! obrigado pelo relatório ficou excelente, parabéns.


Prof.º Altair Bonini


 

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