RELATÓRIO
DE ACOMPANHAMENTO
INTRODUÇÃO
Orientador de Estudo: Laura Lopes de Paiva
Colégio: Marco Antonio Pimenta
Município: Maringá - Núcleo: Maringá
Formador Regional: Altair Bonini
Período de Referência: julho, agosto, setembro
Número de Professores: 08 - Total de Encontros: 06
Nome dos professores e áreas
Adelirian Martins Lara Lopes - Biologia
Alessandra Guidolin Campos - Pedagoga
Ana Lúcia Lopes - Sociologia
Elizabete dos Santos Meirelles de Oliveira – Língua estrangeira moderna
Francielle Siqueira - Física
Jocel José de Sousa - Geografia
Márcia de Oliveira – Pedagoga
Tatiane Martins Evangelista - Filosofia
DESENVOLVIMENTO
Durante os encontros foram debatidos o material do Caderno 1,
Caderno 2, Caderno 3 e Caderno 4; além de estudos complementares através de
textos das IES, vídeos e slaids.
Em cada encontro o grupo de professores reafirmou o Pacto
para Fortalecimento do Ensino Médio celebrado em comum acordo entre os
vários sujeitos da Educação;
analisou os textos e executou as atividades contidas no material de estudo. Os
professores também realizaram as atividades reflexivas e apontaram
possibilidades de intervenção no ambiente escolar.
Para introdução do Caderno 1, foi realizada na escola uma
inserção de produção sobre a cultura jovem, os professores pactuantes, após
momentos de interação e reflexão escreveram
a respeito do entendimento que têm sobre a formação humana integral
do aluno do Ensino Médio.
A professora orientadora de
estudos fez uma breve apresentação aos alunos, sujeitos do Ensino Médio, a
proposta do Pacto e os professores participantes do grupo de estudos. Discutiu
também, a temática
"Sujeitos do Ensino Médio e Formação Humana Integral", considerando as quatro dimensões presentes
nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio: trabalho, cultura, ciência
e tecnologia, fato que resultou
em um momento de diálogo e interação, principalmente, pelo início da
formação do entendimento de que o jovem é um sujeito com valores,
comportamentos, visões de mundo, interesses e necessidades singulares.
Ainda no Caderno 1, o capítulo 2, a atividade do Reflexão e
ação “Caro colega professor, em um trabalho coletivo — envolvendo colegas
professores, funcionários da instituição, membros da equipe gestora e os
próprios alunos — levante dados que permitam conhecer aspectos que vocês
julguem importantes do perfil social, cultural e econômico dos sujeitos
matriculados no Ensino Médio de sua escola.” Foi elaborado durante o encontro coletivo
uma enquete a respeito do perfil social, cultural e econômico dos sujeitos
matriculados no Ensino Médio e aplicado por dois professores: Elizabete dos Santos Meirelles de Oliveira e Jocel José de Sousa.
Segundo os dados levantados a partir da referida enquete,
foi possível traçar um perfil da realidade de seus interesses, além da sua
condição social e econômica, No total de 86 alunos entrevistados, vale
ressaltar que todos estudam no período matutino, uma vez que a escola oferece o
Ensino Médio apenas nesse período. Foram analisados os seguintes fatores:
·
Número
de habitantes na residência do aluno;
·
Se
a família reside em casa própria ou não;
·
Escolaridades
dos pais ou responsável;
·
Renda
familiar;
·
Aspecto
cultural;
·
Prática
de leitura.
Analisando as porcentagens,
conseguimos identificar algumas diferenças sociais, econômicas e culturais
dentro da mesma comunidade escolar, considerando que a escola é formada por
alunos de diferentes classes sociais, e em sua maioria os alunos moram nos
arredores da escola.
Revisar gráfico
Em
relação à renda familiar, identificou-se que, quase a metade dos alunos, 47%,
vivem com uma renda familiar entre 3 a 5 salários mínimos, seguindo de 36%, que
se mantém com uma renda familiar entre 2 a 3 salários mínimos. Baseando-se
nesses dados, consideramos que 83% dos alunos do Ensino Médio se encontram
atualmente na classe média, tendo em vista, a definição atribuída pelo governo federal para a classe média
brasileira entre R$ 291,00 e R$ 1.019,00, conforme dados: http://www.sae.gov.br/vozesdaclassemedia/wp-content/uploads/Perguntas-e-Respostas-sobre-a-Defini%C3%A7%C3%A3o-da-Classe-M%C3%A9dia.pdf
Revisar gráfico
No
quadro sobre escolaridade dos responsáveis que supostamente influenciaria nas
escolhas futuras dos filhos é bastante divergente, ao mesmo tempo em que 43%
iniciaram ou estão frequentando as universidades, 38% não concluíram o Ensino
Fundamental, como podemos ver no gráfico abaixo.
Revisar gráfico
Embora
a cidade de Maringá possua uma diversidade de opções relacionadas à cultura e
lazer, e muitas delas de forma gratuita, é possível observar que a principal
atividade de lazer dos alunos ainda é assistir à televisão, 63%, seguindo de ir
ao cinema com 48%, shopping com 44%, futebol 29% e na última colocação, teatro
com apenas 8% do total.
Outro
dado importante pontuado e que o resultado chama muito a atenção, é o fato de
que 62% das famílias possuem a prática da leitura em casa.
No
segundo encontro houve bastante discussão a respeito do GER, funcionamento, acesso
e quem pode acessar com as respectivas atribuições de orientador, cursista, formador.
Orientações em como fazer as atividades individuais e coletivas: leituras dos
materiais disponíveis, assistir aos vídeos disponíveis, anotar as suas
reflexões, participar do Fórum e colaborar na escrita da Wiki de cada temática,
além das atividades obrigatórias.
Em
relação ao caderno 2, no capítulo 1, a
atividade do Reflexão e ação “Iniciamos
nosso diálogo falando do “jogo de culpados” na escola. Como “virar este jogo” e
construir novos relacionamentos entre professores e seus jovens estudantes? Em sua
percepção, faz sentido esta afirmação de que professores e jovens se culpam
mutuamente e os dois lados parecem não saber muito bem para que serve a escola
nos dias de hoje? Que tal promover uma conversa na escola sobre a questão dos
sentidos do estar na escola para professores e estudantes? E por que não
elaborar estratégias para promover o reconhecimento mútuo? Por exemplo, você
pode elaborar mapas das identidades culturais juvenis do bairro; redigir cartas
aos jovens estudantes para que eles se revelem além de suas identidades
uniformizadas de alunos; promover jogos de apresentação na sala de aula, dentre
outras atividades. E em quais outras iniciativas podemos pensar para ampliar o
campo de conhecimento sobre quem são eles e elas que estudam e vivem a escola?
Buscar perceber como os jovens estudantes constroem o seu modo próprio de ser
jovem é um passo para compreender suas experiências, necessidades e
expectativas.” No encontro coletivo, após estudos desenvolvidos nos encontros
de formação do PACTO, foi elaborada coletivamente a carta sugerida, transcrita
abaixo:
“Maringá, 13 de setembro de 2014
Olá, estudante do Ensino Médio!
Escrevemos esta carta a
você após refletir sobre nossa conversa referente à semana de provas e todos os
conteúdos estudados e revisados. Gostou da charge??? Ela reflete nossos
sentimentos??????
Tem horas que só rindo mesmooooo!!!!!!
Sabia que nos preocupamos muito com você? Por vezes
flagramo-nos pensando sobre a nossa convivência na escola, e aí nos
perguntamos: por que nossa relação em alguns momentos é tão difícil? Percebemos
cada vez mais a distância entre nós e sentimos a necessidade de uma interação
maior. Nem sempre é fácil encontrar um momento para discutir sobre a “nossa
relação” dentro da escola e fora de seus muros. Porém, não podemos mais fugir
desta conversa ou deixar para depois. Então, por onde começar?
Não conhecemos você como deveria ou gostaria,
contudo, o pouco que sabemos será a base desta nossa conversa.
Sabemos, por exemplo, de sua curiosidade e desejo
de saber das coisas. O simples ato de vir à escola nos diz isso, mesmo que seu
comportamento, às vezes, fale o contrário. Queremos entender melhor seus medos,
seus anseios e aquilo que espera da escola e de nós.
Somos fruto de um meio social, cultural e familiar
que cada vez mais cedo exige e dá responsabilidades. Você está em uma idade de
transformações na vida, fase em que é difícil conciliar diversões, namoro,
festas, com a realidade de que em breve será adulto, e as responsabilidades
aumentam nesse período da vida, de mudar, de crescer, quando ainda se é jovem.
O desafio da Escola é reconhecer tanto a
pluralidade de identidades do jovem quanto a dificuldade de orientação que esse
jovem encontra. Na maioria das vezes, nele é depositado todas as visões negativas
da sociedade, como irresponsabilidade, violência e anarquia.
Todavia, ainda há uma esperança nesses jovens,
quando esses se “identificam”, compreendem quais são seus interesses, são
indivíduos que vão à busca de sua própria realização, sem medo.
Uma característica do jovem é expressar sua
identidade através de suas roupas, músicas, atitudes e grupos que frequentam.
Você, jovem, também, é um estudante com um grande desafio, expressar a
construção dessa identidade através das relações que constroem dentro e fora do
ambiente escolar.
O acesso às informações de maneira rápida,
praticamente imediata, através das mídias e redes sociais, em relação aos
professores que vos falam os tornam "nativos digitais". Essa tribo
nova, onde a diversidade de informações acaba dificultando a criação dessa
identidade gera conflitos que nem sempre são sanados e mais conflitos
acontecem. Não é um jovem que muitas vezes não permite a influência dos pais e
professores que interferem na tomada de decisões, mas sim, jovens que ficam
"perdidos" em meio a tanta informação sobre qual caminho seguir. O
desafio agora é buscar um caminho que vá ao encontro de duas esferas da
educação: os professores e os estudantes.
Confessamos que para os professores inovar é
realmente algo bastante difícil, pois como ser humano tudo que é mudança,
não é fácil ser incorporada. Os estudantes têm de ver a escola como algo
importante para sua vida e a partir disso, buscar transformá-la em algo
atrativo. Cremos que esses dois agentes unidos podem mudar a realidade
cotidiana, e também, transformar um futuro muitas vezes idealizado em realidade
concreta.
Esse é o desafio! Se aceitares, vamos fazer da
escola um lugar com significado, onde se ampliam os horizontes, na qual
professor e aluno trabalhem pelo mesmo ideal: viver e conviver bem em
sociedade.
Com carinho e atenção, receba nosso abraço
fraterno!
Equipe de professores do Pacto Nacional pelo
Fortalecimento do Ensino Médio: Professora Adelirian Martins Lara Lopes –
Biologia, Professora Alessandra Guidolin Campos –
Pedagoga, Professora Ana Lúcia Lopes – Sociologia, Professora Elizabete dos Santos
Meirelles de Oliveira – Inglês, Professora Francielle Siqueira – Física,
Professor Jocel José de Sousa – Geografia, Professora Laura Lopes de Paiva –
Português, Professora Márcia de Oliveira -
Pedagoga e Professora Tatiane Martins - Filosofia.”
A carta foi lida pelos professores envolvidos no PACTO em
todas as turmas do Ensino Médio, logo após, os alunos produziram a resposta da
carta a respeito do desafio lançado.
Após o terceiro encontro os
professores pactuantes se apresentaram a todos professores da comunidade
escolar durante reunião pedagógica, e também, expuseram o objetivo e as
questões pedagógicas do Pacto: o Ensino Médio e a formação humana integral,
o jovem como sujeito do Ensino Médio, o currículo do Ensino Médio, seus
sujeitos e o desafio da formação humana integral, áreas do conhecimento e
integração curricular, organização e gestão democrática da escola, avaliação no
Ensino Médio em especial as Diretrizes Nacionais do Ensino Médio.
No sexto encontro os professores
pactuantes receberam a visita do Professor Formador Regional: Altair Bonini, foi um momento oportuno
para esclarecimento de dúvidas e orientações. Foram retomadas as atividades
pendentes dos encontros anteriores e planejadas atividades com mais interação
com os alunos, conforme proposta do Pacto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atividades coletivas foram realizadas
com o envolvimento de todo o grupo, houve exposição, troca de experiências e
interação entre os participantes, além de colaboração mútua nas atividades
individuais, principalmente em relação ao GER. Foi relevante o interesse dos
alunos em participar e cooperar com os professores na realização das atividades
propostas, pois eles são os sujeitos do Ensino Médio em busca de um fortalecimento na
educação básica.
RE: Relatório de acompanhamento
Olá
Laura! obrigado pelo relatório ficou excelente, parabéns.
Prof.º Altair Bonini
Prof.º Altair Bonini
Nenhum comentário:
Postar um comentário