Certa vez, ao visitar uma enorme construção,
uma pessoa parou diante de um operário e perguntou-lhe o que estava
fazendo. O trabalhador respondeu: "Estou assentando tijolos". Continuando
seu passeio, o visitante fez a mesma pergunta a um segundo operário,
recebendo como resposta: "Uma parede". Mais adiante, inquirindo um terceiro
trabalhador (a fazer a mesma coisa que os dois primeiros), teve como resposta:
"Estou construindo uma catedral".
Por que nossos sonhos não se tornam
realidade? A estória acima nos ajuda a entender um pouco esta questão.
Aquele que está fazendo uma parede não tem sonhos, simplesmente
está juntando tijolos e argamassa e, para seu suplício, isto
vai se repetir dia após dia. O primeiro, que está somente assentando
tijolos, está em situação ainda pior, não sabendo
se os tijolos vão constituir uma parede curta ou longa, alta ou baixa.
Nem quantos são os tijolos...
O terceiro trabalhador, todavia, está
construindo uma catedral. Em sua mente, ao trabalhar, vê, com clareza,
a imponência do edifício e antevê as solenidades que
ali ocorrerão, trazendo multidões. Com esta imagem precisa,
certamente suas forças e seu interesse se multiplicarão. Terá
imenso cuidado e incontida alegria a cada tijolo acrescentado; parará,
por vezes, para mirar com admiração e orgulho o seu trabalho
já feito e para imaginá-lo já concluído. Nada
será capaz de tirá-lo ou desviá-lo de seu objetivo.
Suportará e vencerá os obstáculos.
E por que? Porque tem um sonho, que se traduz
em um objetivo, em uma razão fortíssima para estar ali, como
os demais, assentando tijolo por tijolo, parede após parede mas,
diferentemente dos demais, persegue um RESULTADO: a catedral pronta, em
festa, cheia de pessoas rezando a seu Deus.
E nós? O que estamos fazendo? Assentando
tijolos, fazendo paredes ou construindo uma catedral?
Parece que, na maioria das organizações,
desvirtuadas ao longo do tempo, estamos assentando tijolos. Isto é,
não temos um sonho que, na linguagem das organizações,
pode ser chamado de OBJETIVO. Estamos, é certo, fazendo muitas coisas,
o dia todo, o ano inteiro, estamos desempenhando tarefas, muito bem, por
sinal. Mas, e os resultados?
Não sabemos o que estamos fazendo
numa dimensão maior. E, se não sabemos, não estamos
nos dedicando convenientemente a "construir a catedral", a alcançar
resultados, a fazer coisas grandes. E, com isto, todos perdemos, nós
e as organizações às quais pertencemos. Não
nos permitimos crescer. Condenamo-nos a sermos pequenos.
E esta constatação nos deixa
frustrados, incompletos.
Certamente é muito pouco fazer as
tarefas que nos determinam cumprir, mecânica e automaticamente, por
hábito, como robôs. "Cumprimos o dever", "fazemos certinho as
coisas", seguimos a rotina ...
Mas, e a catedral?
Sonhemos! Nossos sonhos vão nos permitir
estabelecer objetivos. Os objetivos vão se constituir em alvos que
perseguiremos com ânsia e com garra. Seremos inflexíveis nesta
jornada. Estaremos movidos por uma visão clara do que queremos como
pessoas e como membros de uma organização.
autoria desconhecida
(Baseada na fábula de Charles Péguy, escritor francês, 1873-1914)
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